A vereadora de Cocal do Sul, Maria Luiza Da Rolt (PP), cobra do poder Executivo Municipal os motivos que lhe levam a sair do Cisamrec- Consórcio Intermunicipal de Saúde da AMREC e participar da formação de um novo consórcio junto com outros quatro municípios: o CIS Macro Sul. Dois projetos passaram pela Câmara, o primeiro, de intenção já foi aprovado em caráter de urgência, apenas um voto foi contrário.
“Minha preocupação e analise, é que não há garantias de que o município passará a pagar mais barato ou manter o valor que se paga hoje pelos serviços de consultas, compra de remédios, exames e tantos outros. Estive no Cisamrec obtendo os dados que me deixam em alerta em relação a posição do Governo Municipal”, relata.
Na última semana, a vereadora expôs a situação ao Conselho Municipal de Saúde em busca de apoio, pedindo a intervenção para que “não se troque o certo pelo duvidoso”. Ela apresentou alguns números do Cisamrec, que é o consórcio que atende 27 municípios.
“Na minha opinião, não se deve permitir que Cocal do Sul saia do Cisamrec. A criação de um novo consórcio é um tiro no pé. O fato que se instaurou é meramente político, para cargos, e a comunidade não pode pagar a conta de brigas políticas. O que está funcionando com excelência tem que permanecer”, citou.
Ainda, segundo Maria Luiza, nenhum outro consórcio criado vai proporcionar mais economia para os municípios que o Cisamrec, que segundo dados, oferece 125% de economia real, efetivo para o município. O Cisamrec deixou de ocupar o 11º lugar em 2017 para ser o primeiro consórcio em eficiência em Santa Catarina. “Ele é referência; possui 350 fornecedores e é mais barato do que o Consórcio do Governo do Estado (Cincatarina). Ele compra direto do laboratório”, completa.
“O Cisamrec comprava 171 itens em 2017 e hoje são 1.067 itens oferecidos aos municípios. Uma evolução de 613%. O Município vai gastar para estruturar um novo consórcio junto com os demais quatro municípios, visto que temos toda uma estrutura já pronta. Enquanto paga uma média de R$ 6.990,00 de mensalidade de rateio para manter o consórcio, com esse novo só de arrancada seria em média R$ 10 mil, segundo dados obtidos”, aponta a vereadora.
Outro ponto levantado por ela é que o Cisamrec integra a Associação que possui 14 Consórcios inseridos do Estado. “Eles conseguem por meio de ações pedirem o ressarcimento do que foi investido pelos municípios em procedimentos de média e alta complexidade. O valor devolvido é dividido junto aos municípios consorciados conforme a que foi adquirido por meio do Cirsures, no caso de Cocal. Correspondente a 2021, foram devolvidos em 2023 cerca de R$ 30 milhões. Cocal do Sul recebeu mais de R$ 700 mil que foram utilizados para o zera fila feito recentemente, o que foi possível graças ao Cisamrec. O dinheiro do zera fila não é dinheiro novo que entrou nos cofres da prefeitura, e sim um saldo em haver por trocas de procedimentos aos nossos munícipes”, pontua.
O Conselho Municipal de Saúde enviou à Câmara Municipal um ofício destinado à presidente pedindo informações sobre a troca de Consórcio e se posicionou completamente contra a criação de um novo Consórcio na região e que Cocal esteja inserido nele.