O Projeto Mulheres Artesãs, da Associação Cocal Arte, retomou as aulas na noite desta segunda-feira (28), em Cocal do Sul. A iniciativa, que há sete anos ensina técnicas artesanais, conta com o apoio da Coopercocal, que disponibiliza espaço, estrutura e materiais para as atividades.
Neste ano, o projeto segue com cinco turmas: quatro à noite, de segunda a quinta-feira, às 19h, e uma turma à tarde, nas terças-feiras, às 13h30. São cerca de 80 alunas, incluindo novas participantes que chegaram para aprender.
A técnica escolhida para 2025 será novamente o macramê, que já fez sucesso no ano passado. A decisão de dar continuidade a essa arte veio pela variedade de peças que podem ser criadas apenas com fios e nós. “O macramê é uma técnica muito rica. Dá para fazer desde pequenos chaveiros até grandes painéis de decoração. As alunas se apaixonam pela variedade de possibilidades e nosso primeiro foco deste ano, será a confecção de bolsas”, destacou a professora do projeto, Elis Regina Dias Sangaletti.
Durante a aula de acolhimento, as alunas se reencontraram e receberam as informações sobre o cronograma e os materiais. Para muitas, o retorno é motivo de alegria, reencontros e novas expectativas. “Participo há cerca de seis anos e tudo o que aprendi aqui, eu vendo. Comecei do zero, achava o macramê difícil no começo, mas me apaixonei tanto que hoje é a técnica que mais amo. Além de ser uma fonte de renda, é também o tempo que eu tiro pra mim, pra desacelerar e fazer o que gosto”, contou a aluna Daniela Beatriz Lourenço.

A presidente da Associação Cocal Arte, Rita de Cássia Mendes Melo, falou sobre a dedicação das participantes e os planos para este ano. “A expectativa é grande, porque elas vêm com muita vontade de aprender e de participar. Neste ano, além do artesanato, queremos trazer momentos de lazer e convivência, como brincadeiras, viagens para feiras e atividades culturais. Nosso público é de mulheres mais maduras, e isso faz toda a diferença pra autoestima delas”, explicou Rita.
Ela também destacou o cuidado com a qualidade das peças produzidas. “A gente ensina com paciência e com material bom, porque a primeira peça já precisa sair perfeita. Isso dá segurança para elas continuarem, venderem e acreditarem no próprio trabalho”, completou.
Projetos como o Mulheres Artesãs são fundamentais para preservar técnicas tradicionais de artesanato, como o macramê, e também para o desenvolvimento pessoal e profissional das mulheres. Muitas alunas começam em busca de um hobby e acabam descobrindo uma nova fonte de renda, melhorando sua autoestima, adquirindo independência financeira e encontrando um espaço de acolhimento e valorização.



























Por Ana Paula Nesi