A Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia de Urussanga, conclui mais dois inquéritos da Operação Hera. Essas investigações iniciaram nos anos de 2020 e 2021, sendo uma originária de requisição do Ministério Público (MP) e a iniciada de ofício pela Polícia Civil.
O inquérito de 2020, requisitado pelo MP, visava apurar o uso de retroescavadeira da Secretaria da Agricultura em possível crime ambiental, além de ameaça contra o Fiscal da Fundação do Meio Ambiente, por parte do então Secretário da Agricultura e hoje vereador. Já o segundo visou apurar, além desse fato, crimes praticados no âmbito da Fundação Ambiental de Urussanga.
“Após meses de investigação e a instauração de vários inquéritos subsequentes (ao todo mais 9 inquéritos, totalizando 11), foram identificados possíveis crimes ambientais, de advocacia administrativa, prevaricação, extravio de documento público, obstrução de atividade fiscalizatória e concessão de licença ou autorização em desconformidade com a lei”, explica o delegado da Polícia Civil de Urussanga, Ulisses Gabriel.
Sete pessoas foram indiciadas, dentre eles três ex servidores públicos e um vereador.
Restam, ainda, dois inquéritos para conclusão da operação, que dependem da análise profunda de materiais e documentos apreendidos no dia 13 de dezembro de 2021.
Vereadores retornaram aos cargos
Os vereadores Rozemar Sebastião e Fabiano Murialdo de Bona, de Urussanga, foram autorizados na tarde de terça-feira (15) a retornarem aos seus cargos após decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Inicialmente, a decisão havia sido proferida no julgamento do Habeas Corpus solicitado pela defesa do vereador Odivaldo Bonetti, que foi autorizado a retornar ao trabalho na manhã do mesmo dia.
Os afastamentos aconteceram durante investigações da Operação Hera, deflagrada no dia 13 de novembro nos municípios de Urussanga, Criciúma, Cocal do Sul e Braço do Norte. A operação investigava crimes contra a Fundação Ambiental Municipal de Urussanga (Famu) e cumpriu 27 mandados judiciais. Estão sendo apurados crimes de extravio ou sonegação de documento público, corrupção passiva, prevaricação, crimes ambientais e organização criminosa. A investigação iniciou com informações que davam conta de que a Fundação Ambiental do Município de Urussanga (Famu) teria autorizado a construção de um empreendimento em desacordo com a lei ambiental.