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© Divulgação
Política

Prefeito de Orleans e Presidente da FECAM, Jorge Luiz Koch, está em Brasília

Em encontro promovido pela CNM, mais de mil prefeitos reivindicam ações do Governo sobre pisos salariais

Os impactos fiscais nos municípios devido a medidas articuladas em nível federal, é o tema central dos debates da mobilização nacional, promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília, onde está o prefeito de Orleans e presidente da FECAM, Jorge Luz Koch. Ao todo, mais de mil prefeitos compareceram ao evento que tem, na pauta prioritária, a criação de pisos salariais, sem previsão orçamentaria, e propostas que reduzem receitas, como as alterações nas alíquotas do ICMS.

“Somos extremamente favoráveis a isso, porém o que nós reivindicamos aqui, é que todas as vezes que se criam esses pisos, há também uma despesa  para os municípios.  O que queremos é que seja criado uma fonte de recurso, que a União garanta aos municípios os recursos suficientes para que possamos fazer os pagamentos desses pisos. A aprovação da PEC 122-2015 diz que todas as vezes que em que se cria uma despesa aos municípios é obrigatório o Governo Federal criar uma fonte de recurso”, diz Koch.

Dezenas de medidas federais, dos Três Poderes, aumentam as despesas das gestões locais e reduzem receitas, gerando impacto de mais de R$73 bilhões ao ano.  Além da pauta de pisos salariais, outra preocupação dos prefeitos é com a redução de receitas causada pelas mudanças na cobrança das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Segundo a CMN, as alterações do Imposto de Renda (IR) também devem comprometer significativamente as receitas municipais. “O IR que foi aprovado na Câmara e está no Senado nos tira mais de R$ 13 bilhões, mais a questão do ICMS, que vai acarretar uma perda anual de cerca de R$ 80 bilhões aos cofres estaduais e municipais”, disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Confira a pauta do evento

Piso do Magistério: Sobre o reajuste do piso do magistério que chega a mais de 33% segundo a Lei 14.113 de 2020, com a aprovação da proposta que criou o novo Fundeb não ficou definido como seria o pagamento do piso. Nesse sentido, a orientação da CNM é que os gestores só concedam o aumento quando houver a definição de dispositivo legal sobre esse ponto. Uma pesquisa feita pela Confederação apontou que mais de 70% ainda não começaram a pagar o piso por falta de uma definição na legislação.

IPI: A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) por meio do Decreto 10.979/2022 que alterou a norma constitucional para aumentar a isenção do tributo vai impedir que os municípios deixem de receber R$ 6,7 bilhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

ICMS e IR: Mais reduções de receitas com mudanças na cobrança das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além de alterações do Imposto de Renda (IR) devem comprometer significativamente as receitas municipais. O IR que foi aprovado na Câmara e está no Senado tira mais de R$ 13 bilhões e a questão do ICMS vai acarretar perda anual de cerca de R$ 80 bilhões aos cofres estaduais e municipais.

Pautas no Judiciário: Três matérias fundamentais e de interesse dos municípios aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma delas é a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4917, que trata da redistribuição dos royalties de petróleo e completou 10 anos de espera.

Outra demanda fundamental para as receitas é a revogação da liminar 5.835, do ministro Alexandre de Moraes, que trata da ADI da redistribuição do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). São R$ 16,33 bi por ano.

PEC 122/2015: Considerada preponderante para evitar a criação de qualquer despesa sem a União definir a fonte de recursos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 122/2015 é considerada prioridade absoluta das demandas do movimento municipalista. O texto já foi aprovado no Senado e agora aguarda análise da Câmara dos Deputados.

Colaboração: Debora Legnani – Assessoria