O prefeito de Cocal do Sul, Fernando De Fáveri continua preso preventivamente no Presídio Santa Augusta, em Criciúma. Desde a prisão do líder político, em 19 de junho, o advogado Marcos Rinaldo Fernandes, que atua na defesa de Fernando tem atuado na tentativa de conseguir libertá-lo.
Os pedidos, apresentados ao Tribunal de Justiça, foram negados pelo desembargador Maurício Cavalazzi Povoas, entre eles, o pedido de relaxamento da prisão preventiva, com a transformação em domiciliar, alegando problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e claustrofobia.
Conforme coluna do jornalista Adelor Lessa, o desembargador negou também, o pedido de reintegracão ao cargo, e sustentou: “não há comprovação que no interior da unidade prisional, o investigado não esteja obtendo acesso aos medicamentos ou eventuais tratamentos que lhes foram prescritos”.
Sobre o retorno ao cargo, o desembargador sustenta: “mantida a custódia cautelar, é inviável a reintegração do investigado ao cargo de prefeito”.
Mais adiante, o desembergador acrescenta:
“Em seu interrogatório, o investigado Alsimar Biscaro (dono da empresa investigada) confessou que todas as licitações e contratações com dispensa de licitação foram realizadas a partir de fraudes, ajustes prévios, falsidades e/ou combinação de preços que foram ajustados diretamente com os prefeitos municipais, o que confirma a linha de investigação”.
O advogado Marcos Rinaldo, afirmou em entrevista a Rádio Marconi, que teve acesso ao interrogatório de Alsimar e mais uma vez, entendeu a inocência de De Fáveri no caso. Segundo o advogado, Alsimar diz que havia fraudes, havia desvios, havia rachadinha de valor dos recursos obtidos. Mas quando questionado sobre Cocal do Sul e outro município investigado, Alsimar teria afirmado que foram as últimas cidades a firmar contrato, e com valores muito pequenos, sendo o de Cocal, cerce de R$ 48 mil.
Defesa alega Pressão Política
Em entrevista a Rádio Marconi, o advogado de defesa, Marcos Rinaldo Fernandes Plácido, alegou que está sofrendo, junto ao seu escritório, pressão político partidária externa. “Há interesses que se vá para Florianópolis com outros advogados políticos partidários, para outros profissionais advogados que não são criminalistas e vão até o presídio conversar com o prefeito e lá fazem falas desequilibrando ele de forma psicológica absurda”, destacou.
O advogado disse estar tomando cuidado e conversado apenas com Fernando, a esposa do prefeito e com o vice-prefeito. “Nesse momento burocrático, é igual para todos”, afirmou, se referindo a atuação ou não de outros advogados no caso, informando que seu trabalho está sendo bem feito e estruturado da maneira adequada na defesa do prefeito.
Conforme Plácido, o desejo do prefeito, é que o advogado continue no processo, mas devido a pressão sofrida, ele e seu escritório, devem decidir ainda hoje, se renunciam, ou não, a defesa. “Não há como nós continuarmos no processo com essa situação que, sendo velada ou não, silenciosa ou não, omissa ou não, ela pressiona e desequilibra”, explicou.