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barril de petroleo bate recorde e senadores discutem depois do carnaval projetos para barrar as altas dos combustiveis combustiveis
© Marcelo Camargo / Agência Brasil
Economia

Redução do ICMS dos combustíveis pode gerar impacto de até R$ 98 milhões, em três anos, para os municípios da AMREC

O levantando foi feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM)

Os secretários de finanças e de administração que fazem parte do Conselho de Órgãos Fazendários da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (CONFAZ/M-AMREC), analisaram, durante a reunião da última sexta-feira (24), a estimativa de perdas que deve gerar a redução da alíquota de ICMS dos combustíveis para os próximos três anos. O levantando foi feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), e o impacto pode chegar a R$ 98,429 milhões, nos próximos três anos.

Pelos números apresentados, em 2022 os 12 municípios devem perder R$ 17,514 milhões de retorno de ICMS. Para 2023, os números mais que dobram, chegam a R$ 38,5 milhões, e em 2024, R$ 42,3 milhões. Criciúma é o município mais impactado, com R$ 6,2 milhões este ano, e mais de R$ 13,5 milhões no ano que vem.

Estimativas de perdas – PLP 18/2022
MunicípiosValor da perda 2022Valor da perda 2023Valor da perda 2024Valor total da perda
Balneário Rincão276.038,40607.284,48668.012,931.551.335,81
Cocal do Sul1.170.311,232.574.684,712.832.153,186.577.149,12
Criciúma6.203.709,7513.648.161,4415.012.977,5934.864.848,78
Forquilhinha1.247.156,252.743.743,743.018.118,117.009.018,10
Içara2.151.575,114.733.465,245.206.811,7612.091.852,11
Lauro Muller844.853,701.858.676,752.044.544,434.748.074,88
Morro da Fumaça857.499,731.886.499,402.075.149,344.819.148,47
Nova Veneza1.123.919,782.472.623,512.719.885,866.316.429,15
Orleans1.156.195,212.543.629,452.797.992,406.497.817,06
Siderópolis715.689,841.574.517,651.731.969,414.022.176,90
Treviso526.717,661.158.778,851.274.656,742.960.153,25
Urussanga1.240.410,812.728.9043.001.794,166.971.108,75
AMREC17.514.077,4738.530.969,0042.384.065,9198.429.112,38
Fonte: CNM
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Entenda

Foi sancionada a Lei Complementar 194, de 2022, que limita a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. O chefe do Poder Executivo vetou dispositivos que previam compensação financeira para os estados, que podem sofrer perda de arrecadação com o tributo. A norma foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União de quinta-feira (23).

A lei é resultado do projeto de lei complementar (PLP) 18/2022, aprovado neste mês por senadores e deputados. O texto limita a cobrança do ICMS sobre produtos e serviços essenciais à alíquota mínima de cada estado, que varia entre 17% e 18%.

O primeiro dispositivo vetado previa a compensação por meio do desconto de parcelas de dívidas refinanciadas pela à União. Para o presidente da República, Jair Bolsonaro, a medida é desnecessária, uma vez que, nos últimos dois anos, “foi observada melhora significativa na situação fiscal de estados e municípios”. “A melhora dos resultados primários dos governos regionais resultou em um acelerado acúmulo de ativos financeiros, que alcançou o valor de R$ 226 bilhões em abril de 2022”, afirmou Bolsonaro.

Campanha de Monitoramento da CNM

A CNM está com uma campanha de convocou junto aos gestores municipais a monitorarem os preços a fim de que seja possível analisar quanto desse impacto de fato retornará à população brasileira. A entidade está solicitando aos gestores que tirem fotos dos preços dos combustíveis antes e depois da mudança no Imposto.

A CNM atuou intensamente em todas as etapas da tramitação da proposta para garantir compensação efetiva às perdas aos Entes locais. A entidade chegou a sugerir aos parlamentares medidas, por meio de emendas ao texto do PLP 18/2022, como forma de minimizar os efeitos da proposta.

Nova diretoria do CONFAZ/M

Os secretários de finanças e de administração ligados ao Conselho de Órgãos Fazendários da Região da AMREC (CONFAZ/M-AMREC) realizaram na sexta-feira (24) a eleição da nova diretoria. O grupo será presidido no próximo ano pelo Secretário de Administração de Orleans, Marcos Ricardo Martins, e como vice o represente de Lauro Muller, José Artur Fernandes. A representação do grupo Confaz estadual ficou a cargo de Morro da Fumaça, Roberto Caetano.

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Fonte: CNM / Agência Senado/ Comunicação AMREC – Antonio Rozeng