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© Himas Rafeek - Pixabay
Saúde

Verão mais seguro: prevenção da Dengue

Campanha da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina alerta para os cuidados neste verão

O verão, por ser uma estação de chuvas e tempo quente, é propício para a reprodução e desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. Por esse motivo, é preciso investir ainda mais em medidas de prevenção contra a dengue. “Uma vez por semana, é importante, que cada um vistorie sua casa, eliminando locais que possam acumular água e servir de criadouro para o mosquito, que transmite dengue, zika e chikungunya”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC).

Dicas de prevenção:

  • evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
  • guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
  • mantenha lixeiras tampadas;
  • deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
  • plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
  • trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
  • mantenha ralos fechados e desentupidos;
  • lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
  • retire a água acumulada em lajes;
  • dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
  • mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
  • evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
  • denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
  • caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.

O que é a Dengue?

É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Ela é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada. Os sintomas da dengue são: febre, cefaleia, mialgias, artralgias, dor retro-orbital. Podem ocorrer, também, náuseas, vômitos e manchas vermelhas na pele. Em algumas pessoas, a doença pode evoluir para formas graves, apresentando manifestações hemorrágicas.

Pessoas que estiveram, nos últimos 14 dias, numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para avaliação.

Casos em Santa Catarina

No período de 03 de janeiro a 18 de dezembro de 2021, foram identificados 58.553 focos do mosquito Aedes aegypti em 224 municípios catarinenses. Comparando ao mesmo período de 2020, quando foram identificados 37.392 focos em 196 municípios, observa-se um aumento de 56,6% no número de focos detectados.

Quanto aos infectados, foram notificados 34.594 casos de dengue em Santa Catarina neste período. Desses, 19.129 (55%) foram confirmados (9.406 pelo critério laboratorial e 9.723 pelo critério clínico epidemiológico), 322 (1%) inconclusivos (classificação utilizada no SINAN para os casos que, após 60 dias da data de notificação, ainda não tiveram sua investigação encerrada), 14.746(43%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 397 (1%) estão em investigação pelos municípios.

Do total de casos confirmados até o momento, 18.667 são autóctones (transmissão dentro do estado), 76 casos são importados (transmissão fora do estado), 261 casos estão em investigação de Local Provável de Infecção (LPI) e 125 são indeterminados, pois não foi possível definir o LPI. Foram registrados 150 casos de dengue com sinais de alarme, 10 casos de dengue grave e sete óbitos ocorridos pelo agravo.

Focos em Cocal do Sul

Segundo mapa de focos, divulgado pela Dive, em 2021 quatro foram registrados em Cocal do Sul. Desde o final de novembro, o município intensificou o trabalho de orientação e prevenção contra possíveis criadouros do mosquito. “A prevenção por meio da orientação é realizada durante o ano todo, mas agora estamos intensificando as orientações por conta da chegada do verão e temperaturas mais elevadas, condições essas propícias para a proliferação do mosquito da dengue. Fazendo assim, um alerta para a população redobrar o cuidado e eliminar possíveis criadouros do mosquito”, comentou Kariny Raimundo Silveira, agente que atuou à frente dos trabalhos.

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© Reprodução Dive/SC

Por Ana Paula Nesi – com informações da Dive/SC